Conheça Noivas que se Inspiraram no Vestido de Casamento de suas Mães

Luana Diniz – “…  foi em uma brincadeira de criança que usei o vestido dela e me senti uma princesa” 

A psicóloga Luana Diniz se casou em maio de 2011, em Uberaba, município do estado de Minas Gerais, com o administrador e empresário Fábio Viera Diniz. Luana escolheu usar uma reprodução do vestido de sua mãe, a também psicóloga Ângela Marina Barbosa. Luana se apaixonou duas vezes pela peça antes de resolver se inspirar nela. “Sonhava em conhecer meu príncipe encantado, e foi em uma brincadeira de criança que usei o vestido dela e me senti uma princesa”, diz Luana. Aos 29 anos, quanto enfrentou dificuldade para encontrar o vestido de noiva ideal, provou a peça da mãe mais uma vez e decidiu usá-la em seu casamento também. “Coloquei na frente do meu corpo e me apaixonei, posso dizer que foi amor à segunda vista”, diz

A psicóloga Ângela Marina Barbosa se casou em dezembro de 1974, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O vestido de noiva que usou, no final dos anos 80, agora também é muito especial para sua filha. “Ele têm uma história linda de amor e ainda conta com uma costura que foi minuciosamente trabalhada na época”, diz Luana. O vestido antigo foi feito pelo estilista Jael Guimarães. “Os momentos que passamos durante o processo revelam a história do infinito amor que nos une”, diz a mãe da noiva. “O vestido dela ser uma reprodução do meu era um segredo só nosso, ele foi revelado apenas na hora do casamento”, diz

Com ajuda da estilista Gisele Dias, do ateliê A Modista, localizado em São Paulo, Luana Diniz conseguiu realizar seu sonho de menina. “Nós fizemos para ela uma reprodução quase fiel do vestido da mãe, conservando as características originais da modelagem, mas demos um toque mais moderno e utilizamos as rendas do vestido original no dela”, diz a estilista Gisele Dias, do ateliê A Modista. A mistura do vintage e retrô com um toque moderno é o que Luana mais gosta em seu vestido. “A renda, que é maravilhosa, foi cuidadosamente mantida e colocada na mesma disposição do original”, diz Luana

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Marcelle  – Ao provar o vestido e se olhar no espelho, sentiu que parecia que ele era feito para ela

“Minha mãe guardou o vestido por 29 anos. Ela e meu pai sempre tiveram a ideia de passar adiante para mim, mas nunca me persuadiram”, conta Marcelle. No entanto, quando ela procurava pelo vestido ideal, foi a própria mãe que mostrou a peça antiga pessoalmente. Marcelle só conhecia o vestido por fotos. Ao provar o vestido e se olhar no espelho, sentiu que parecia que ele era feito para ela. “Minha mãe estava ao meu lado e os olhos dela se encheram de lágrimas”, lembra. Foi então ela que decidiu usá-lo.”Quase não precisamos mexer muito nele. Foi um trabalho mais de restauro e com pequenas customizações”, explica a estilista Gisele Dias, do ateliê A Modista, que ajudou a realizar a vontade da noiva.

Reni Bocchio Soldá, mãe de Marcelle, casou-se na Igreja Imaculada Conceição, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, em fevereiro de 1983, com Silvio Soldá. O vestido de noiva usado por ela é original da rua São Caetano, conhecida como rua das noivas de São Paulo, e foi guardado com carinho. “Desde o momento em que minha filha provou meu vestido eu fiquei emocionada. No dia mais feliz de nossas vidas, ela ficou linda, um sonho”, diz Reni

 O vestido de noiva de sua mãe, a securitária Reni Bocchio Soldá, é original da rua São Caetano —conhecida como rua das noivas de São Paulo– e foi adaptado para Marcelle usar em seu casamento.

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Ana Paula Sampaio –  Sempre adorou o vestido de noiva de sua mãe

A comerciante Ana Paula Sampaio se casou em novembro de 2013 com o empresário Marcelo Sampaio, na capela do Sion, localizada em São Paulo. Como ela sempre adorou o vestido de noiva de sua mãe, a funcionária pública Marina Souza, pediu para o estilista Rodrigo Rosner fazer um modelo inspirado no volume e no desenho da saia do vestido antigo. O tom da peça, que lembra o “off-white”, também encantava a futura noiva. “É um vestido simples e elegante”, diz Ana Paula

O casamento de Marina Souza, mãe de Ana Paula Sampaio, aconteceu em outubro de 1981, na igreja de Sta. Terezinha, localizada no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Ela não esperava que seu vestido de noiva marcasse tanto o imaginário da filha e do estilista Rodrigo Rosner. “Nunca quis influenciar na escolha do modelo dela, mas fiquei muito feliz e emocionada com a homenagem”, diz Marina. Rosner lembra que ficou tão impressionado com a figura da noiva que só falava disso. “Na época, todos os meus desenhos tinham véu e grinalda, não tenho dúvida nenhuma que foi aí que tudo começou”, afirma Rosner, referindo-se a sua carreira como estilista e reconhecimento por criar vestidos de noiva

Maria Cristina Tranquillini, tia de Ana Paula Sampaio, é prima distante do estilista Rodrigo Rosner. “Ela me levou até o ateliê dele e acabei descobrindo que minha mãe foi a primeira noiva que ele viu pessoalmente, quando tinha só três anos”, diz Ana Paula. A releitura feita por ele ganhou bordados feitos à mão com rosas em organza de seda, renda e gazar. “O vestido era tão importante para mim como para ele”, diz a noiva 

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 Maria Luiza Meireles – “Foi uma grande alegria ver a minha filha entrando na igreja com o pai, me fez lembrar o início da minha linda família, é uma emoção indescritível”

Em julho de 2012, a psiquiatra Maria Luiza Meireles subiu no altar da igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, no Rio de Janeiro, para se casar com o administrador Alvaro Julio Meireles. Ela escolheu vestir a mesma peça usada há 30 anos pela mãe, a pedagoga Luiza Guimarães

A pedagoga Luiza Guimarães, mãe de Luiza, casou-se na Igreja do Poço da Panela, em Recife, Pernambuco, em dezembro de 1981. O estilista Marcílio Campos foi o responsável por confeccionar a peça tão querida pelas duas. “Foi uma grande alegria ver a minha filha entrando na igreja com o pai, me fez lembrar o início da minha linda família, é uma emoção indescritível”, diz

A psiquiatra Maria Luiza apostou em pequenas inovações no vestido antigo e teve ajuda da estilista Carol Hungria no processo. “Substituímos, por exemplo, a gola alta por um decote canoa e reaplicamos alguns florais da renda, refazendo o desenho do colo, para deixar mais aberto”, diz a estilista Carol. “O cuidado ao guardar o vestido por tanto tempo foi tanto que, ao tirar da caixa, ele não precisou ser lavado ou reparado radicalmente”, diz Maria Luiza

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Fonte da Reportagem : UOL